O que causou o fim dos dinossauros?

Um estudo de 2019, buscou provar uma tese antiga de que não só o fatídico impacto dizimou as espécies pré-históricas

Ilustração dos dinossauros – Getty Images

Uma das histórias mais reproduzidas — talvez a mais conhecida — pela humanidade é a da extinção dos dinossauros. É improvável encontrar uma pessoa que não tenha ouvido falar dos gigantes animais que habitavam o planeta há milhões de anos e que, após serem atingidos por um enorme asteroide, foram extintos.

O que resta hoje são os estimados fósseis, que nos teletransportam para uma realidade tão distante e, ao mesmo tempo, tão intrigante. Estudos são realizados com alta frequência, especialistas buscam entender mais a fundo o que causou essa extinção em massa e as consequências deixadas na Terra com o impacto astronômico.

A teoria mais aceita aponta que há 66 milhões de anos, o asteroide atingiu a região em que hoje se encontra o Golfo do México, entre a América do Norte e a América Central. A colisão foi tão forte que no mesmo momento, 75% das espécies morreram, assim como ecossistemas inteiros foram dizimados.

O objeto extraterrestre causou tsunamis, incêndios e praticamente retirou a luz solar que alimentava a vida no Planeta Água. Sendo assim, os dinossauros, ictiossauros, pterossauros e mais dezenas de animais sofreram para conseguir sobreviver. Com a comida escassa e o habitat desmantelado, eles não tinham chance contra a extinção.

Todavia, o que muitos estudiosos indicavam era que a grande quantidade de enxofre lançada na atmosfera causou um resfriamento global tão mortal, que pode ser sido a principal causa para a morte das espécies que sobraram.

Por outro lado, outros cientistas duvidavam dessa hipótese e tentaram provar outra tese. Foi por isso que, em setembro de 2019, uma equipe de 25 pesquisadores, liderados pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos, se juntaram para comprovar a suposição da Era Glacial.

O estudo final

O estudo que buscou provar a teoria antiga foi publicado pelo jornal científico PNAS e teve início em 2016. Os estudiosos retiraram amostras geológicas na região da queda do asteroide, para tentar, através da ciência, reconstruir o que aconteceu após o fatídico episódio.

“Podemos reconstruir uma sequência de eventos [por exemplo, ver quais sedimentos seguem um acima do outro]. Pelo tipo de sedimento [tamanho dos clastos (fragmentos), tipo e classificação], podemos saber se eles foram depositados rápida ou lentamente, e o tempo que levou”, disse um dos coautores da pesquisa, Jens Olof Ormö.

Vestígios da cratera mostraram que a paisagem ao redor dela foi varrida para dentro do buraco, resultando em fragmentos de carvão, e um biomarcador que aponta para sinais antigos de presença de água.

Ainda em volta do local, analisando rochas do perímetro do choque, a equipe tentou encontrar sinais de enxofre, já que normalmente as pedras daquele ambiente são repletas com o elemento. Porém, não acharam nada, foi então que a surpreendente pista para apoiar a tese crucial foi, finalmente, revelada.

Como as rochas não demonstravam qualquer evidência de enxofre, os especialistas concluíram que a força do asteroide liberou 325 bilhões de toneladas do elemento químico na atmosfera. Fazendo com que a luz do sol fosse refletida para bem longe do planeta, ajudando para a formação do cenário gelado; fatal para que a vida perpetuasse.

O estudo enfatiza que a atmosfera é de extrema importância para que o ecossistema continue existindo, e que mudanças drásticas são uma das formas mais letais para extinções em massa. “O verdadeiro assassino deve ser atmosférico. A única maneira de obter uma extinção em massa global como essa é um efeito atmosférico”, explicou um dos membros do grupo, Sean Gulick.

A tese ainda é mais verídica quando olhamos para o passado, há 60 milhões de anos, na época do Terciário Superior da Era Cenozoica, o mundo sofreu com a Era Glacial, que atingiu seu pico 25 milhões de anos atrás. Mesmo que pareça bem distante, em termos científicos é um período, relativamente, próximo para transformações dessa proporção.

Fonte: Aventuras na História

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