Conheça a lebre do mar negro, a maior lesma marinha do mundo

Medindo até 99 centímetros de comprimento e pesando até 14 quilos, a Aplysia vaccaria, também conhecida como lebre do mar negro ou lebre do mar negro da Califórnia, é a maior lesma marinha do mundo. Esse ser marinho, que só se aventura em águas rasas para botar ovos, é comumente visto na costa e no Golfo da Califórnia.

Como a maioria das outras lesmas do mar, esses moluscos gigantes são herbívoros e, portanto, se alimentam apenas de algas marinhas. E é exatamente a sua dieta que define a sua cor. Ou seja, as que se alimentam de algas marrons ou negras, acabam possuindo uma coloração mais escura.

A lebre do Mar Negro

Além de seu tamanho, que é totalmente impressionante, a lebre negra da Califórnia – denominada dessa maneira por possuir duas protuberâncias em forma de orelha, que crescem em sua cabeça – é temida, no reino marinho, por seus peculiares mecanismos de defesa.

Enquanto seus outros parentes liberam uma tinta que faz com que os predadores percam o apetite, a Aplysia vaccaria age de forma diferente. Com uma forma mais avançada de defesa – uma consequência evolutiva -, a lebre negra da Califórnia é capaz de produzir toxinas a partir de compostos que se originam do processo digestivo Basicamente, é sua alimentação que determina o tipo de toxinas que produzem.

As algas mais escuras, por exemplo, produzem uma toxina chamada acetoxcrenulida. A substância, que é extraída logo após o processo de digestão, se acumula em seu tecido. Como a acetoxcrenulida é altamente tóxica para os peixes, a substância acaba desencorajando a predação, e de uma forma totalmente efetiva.

Felizmente, a acetoxiccrenulida não é perigosa para os humanos. O YouTuber e apresentador de, TV Coyote Peterson, alguns anos atrás, demonstrou que a substância não exerce nenhum efeito sobre nós. Ele mostrou isso ao segurar um espécime de tamanho médio por alguns minutos, durante um episódio de Brave Wilderness.

Mesmo que os humanos possam tocar com segurança a lesma marinha, isso não significa que devemos fazê-lo.

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