O que aconteceu com a indenização das vítimas do Titanic?
Saiba como os sobreviventes do desastre marítimo mais famoso da história conseguiram ajuda
O dia 14 de abril de 1912 ficou marcado para sempre na história da humanidade. Por volta das 23h40, o navio atingiu fortemente um iceberg sendo eternizado na História após o naufrágio que choca gerações.
Atualmente, sabe-se que a condição calma do mar já era um indicativo da presença dos gelos colossais. Contudo, por uma neblina que cobria o iceberg, os vigias noturnos não detectaram o fenômeno bem em frente à rota que o navio percorria.
Quando perceberam já era tarde demais, a demora entre a comunicação e o impacto do navio contra a camada de gelo foi fatal, logo, a embarcação começou a afundar no Atlântico Norte.
O navio carregava em seu interior cerca de 2.500 pessoas. Desses passageiros, mais de 1.500 não sobreviveram e sucumbiram no oceano. Somente cerca de 700 viajantes foram resgatados.
Mas, afinal de contas, após terem sobrevivido ao mais famoso acidente marítimo da história, o que aconteceu com essas pessoas? Elas receberam ajuda?
Consequências
Na madrugada de 15 de abril de 1912, enquanto o navio RMS Carpathia fazia sua rotineira travessia de Nova York para Fiume — na atual cidade de Rijeka, na Croácia — o capitão da embarcação captou o pedido de socorro vindo do RMS Titanic.
Em 18 de abril daquele ano, o Carpathia embarcou em Nova York depois de ter resgatado os 706 passageiros que sobreviveram à tragédia. Na ocasião, muitos questionaram o que seria feito com os sobreviventes. Afinal, elas receberiam indenização em dinheiro pelo ocorrido?
A resposta inicial é não. A companhia do navio usou de artimanhas na lei para conseguir comprovar que o ocorrido não poderia ter sido evitado. Os advogados que trabalhavam para a companhia White Star Line, conseguiram fazer com que os responsáveis pelo navio escaparem ilesos pela responsabilidade do incidente.
Caridade
As vítimas não ficaram totalmente desamparadas, contudo, isso só aconteceu porque elas puderam contar com auxílio de pessoas caridosas e não com uma indenização da companhia do navio.
Incialmente, o diretor da Cruz Vermelha dos Estados Unidos, na ocasião, Ernest P. Bicknell trabalhou na criação de um fundo de auxílio para as vítimas.
Chamado de Titanic Relief Fund, o projeto arrecadou doações de pessoas que se sensibilizaram com o ocorrido. O impressionante projeto conseguiu cerca de US$ 161,6 mil dólares de auxílio para as vítimas, na cotação atual da moeda, um valor equivalente a R$ 823.093.
A atitude de Bicknell comoveu até mesmo outros países. Na época, o Reino Unido também decidiu colaborar. A Inglaterra arrecadou de 1912 até 1959, cerca de 413 mil libras esterlinas, aproximadamente 2.795.892 de reais, fazendo doações anuais para os sobreviventes do naufrágio.
Entretanto, uma polêmica envolvendo a companhia de transporte marítimo White Star Line, foi revelada menos de um mês depois do acidente.
Na época, a seguradora pagou à companhia um milhão de libras (cerca de R$ 6.769.087, na conversão atual da moeda), em decorrência do acidente. Contudo, essa quantia nunca foi usada para assegurar as vítimas que sobreviveram.
Fonte: Aventuras na História