Escritora Paulista analisa costumes da Grécia Antiga através de romance histórico

Escrava de Atenas, de Cindy Stockler mescla personagens ficcionais com fatos históricos

Ilustração da Grécia Antiga – Divulgação / Pixabay

Finalista do Prêmio Jabuti 2020 na categoria Livro Brasileiro Publicado no Exterior, a obra Callíope, a Escrava de Atenas, da escritora paulista Cindy Stockler, trata-se de uma profunda pesquisa sobre a Grécia Antiga.

Lançado em 2019 pela editora Letras do Pensamento, este romance histórico foi classificado como top 5 do Prêmio Jabuti. Dividido em 12 capítulos — cada um levando o nome de um dos deuses do Olimpo — o livro conta a história da bela jovem Callíope.

Aos 15 anos, a garota foi destinada ao casamento forçado. Seu pai, um rico proprietário de terras ao redor de Atenas, ofereceu sua mão a um homem muito mais velho do que a adolescente.

Callíope, a Escrava de Atenas, de Cindy Stockler (2019) / Crédito: Divulgação / Letras do Pensamento

Anos mais tarde, a protagonista foi vendida como escrava para outro cidadão da cidade, durante a Guerra do Peloponeso.

Por meio de viagem histórica à Grécia Antiga, Cindy Stockler mescla uma narrativa ficcional com personagens reais.

Além disso, a autora conduz o leitor à uma profunda análise política, filosófica e cultural deste importante período histórico, que até hoje influencia a sociedade.

Outros assuntos abordados pela escritora são os direitos de sucessão e de propriedade, o acesso à cidadania, a escravidão e o casamento forçado.

Sob o título: Calliope, the Slave from Athens, a edição em inglês está prevista para ser lançada em dezembro deste ano em Nova York, pela Adelaide Books.

Disponível na Amazon em formato de capa comum, a obra Callíope, a Escrava de Atenas, em suma, imerge o leitor nos costumes da Grécia Antiga, apresentando os principais assuntos sociais que moldaram este período e que até hoje influenciam a sociedade moderna.

Confira um trecho de Callíope, a Escrava de Atenas (2019):

“O agente não esperava por aquilo. Via, no entanto, que aquela filha de cidadão, vendida como escrava, cobriria a dívida e ainda daria lucro ao patrão. Indo logo, conseguiria vendê-la naquela tarde mesmo. Entrega à moça o documento — a hipoteca — e ela por sua vez coloca o papel nas mãos do pai que, num torpor desalentado, já não tinha mais noção de nada ao seu redor.”

Fonte: Aventuras na História

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