Astrônomos descobrem estrela que sobreviveu depois de ser engolida por um buraco-negro

O nosso universo é extremamente grande e esconde diversas coisas que ainda não foram observadas por estudiosos. Planetas, estrelas, cometas e buracos negros são algumas das coisas que mais chamam a atenção. Um buraco negro, para quem não sabe, é uma região do espaço-tempo. Nesse lugar, o campo gravitacional é bastante intenso e nenhuma partícula ou radiação eletromagnética pode escapar.

Quando uma estrela resolve se aventurar um pouco perto demais de um buraco negro já sabemos o que acontece.  As forças intensas destroem a estrela no que é chamado  de “evento de interrupção das marés”. Quando isso acontece, eles emitem explosões de raios-x que são gerados pelo aquecimento do material a temperaturas muito intensas.

Isso é o normal de acontecer. O que é fora do comum é que essas explosões de raios-x aconteçam em uma regularidade de relógio. Esse comportamento foi observado em 2019 em um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia a 250 milhões de anos-luz de nós. As explosões de raio-x aconteciam a cada nove horas.

O astrônomo Andrew King, da Universidade de Leicester, no Reino Unido, fez um estudo detalhado e identificou uma potencial causa. Uma estrela morta que passou por um buraco negro e ficou presa em uma órbita elíptica de nove hora em volta dele. E a cada passagem perto, o buraco negro absorvia mais do material da estrela.

“Esta anã branca está presa em uma órbita elíptica perto do buraco negro, orbitando a cada nove horas. Em sua abordagem mais próxima, cerca de 15 vezes o raio do horizonte de eventos do buraco negro, o gás é puxado da estrela para um disco de acreção ao redor do buraco negro, liberando raios-x, que as duas espaçonaves estão detectando”, explicou King, em abril de 2020.

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