Conheça o Partido dos Panteras Brancas, um grupo que ativistas brancos que lutou ao lado dos negros

Mudanças sísmicas abalaram a América em 1960. O movimento pelos direitos civis, o ativismo anti-guerra e o nascimento da contracultura originaram vários grupos políticos em todo o país. De todos os grupos que se formaram, o menos conhecido era o Partido dos Panteras Brancas.

Em suma, o grupo era formado por ativistas brancos, que apoiavam o Partido dos Panteras Negras, um movimento socialista negro revolucionário; promoviam o movimento anti-guerra e lutavam pela descriminalização da maconha. Mais tarde, o partido decidiu mudar o nome e intitulou-se como Partido do Povo do Arco-íris.

O movimento de contracultura, seus adeptos e a força adquirida

No final da década de 1960, o movimento de contracultura engolfou inúmeras cidades americanas. Embora fosse composto por vários grupos diferentes, o movimento, como um todo, era, basicamente, uma rejeição em massa de valores e normas que haviam sido impostos há longa data.

Sem surpresa, era mais popular entre os jovens – especialmente aqueles que rejeitavam o capitalismo, o conservadorismo e o imperialismo americano. Muitos desses jovens protestaram contra a Guerra do Vietnã e a brutalidade policial, bem como apoiaram o amor livre e a legalização das drogas.

O movimento, além disso, coincidiu – e se uniu – ao dos direitos civis, afinal desafiaram os americanos a olharem mais de perto sua nação e o que ela representava. Os dois movimentos também ganharam adeptos em boa parte dos Estados Unidos por conta dos líderes da época, como, por exemplo, Martin Luther King Jr. e Malcolm X, que desafiavam fortemente o status quo.

“Queríamos uma mudança”, disse o membro fundador do Partido dos Panteras Brancas, Leni Sinclair.

Junto com seu marido John Sinclair, que era poeta e ativista, Leni se envolveu na cena artística de Detroit, onde o casal morava. No dia 30 de abril de 1967, os Sinclairs e seu coletivo – o Detroit Artists Workshop – organizaram uma manifestação pacífica em Belle Isle, uma ilha localizada no rio Detroit.

Milhares de pessoas participaram do evento. O encontro foi regado a música, dança, meditação e consumo de drogas. Essa foi a maneira que o casal de ativistas encontraram para fazer com que outros membros dos grupos se soltassem e vivenciassem a sensação de comunidade.

Infelizmente, a polícia invadiu a manifestação. Um esquadrão de choque acompanhou as autoridades para dispersar a multidão.

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