Como é que o catolicismo explica vida fora da Terra?

Na verdade ele não explica, mas não há pecado algum em acreditar em ETs, se você quiser acreditar

Ele não explica. E por uma razão uma simples: isso cabe a ciência e não à teologia. A Igreja explica tudo o que está compreendido no campo teológico e não científico, embora naturalmente possa muito bem andar de mãos dadas com ele. Por essa razão, ela não nega e nem afirma a existência de ETs fora da Terra.

De acordo com um artigo publicado pelos catequistas Viviane e Alexandre Varela, editores do projeto O Catequista, não há inclusive, pecado algum em acreditar na existência de ETs. Se você é católico e acredita em extraterrestres, então vai fundo.

Inclusive, o padre jesuíta José Gabriel Funes, astrônomo e diretor do Observatório Vaticano, é um dos que cogitam esta hipótese, mas faz questão de deixar muito bem claro que se trata apenas de uma opinião pessoal, e não de um posicionamento oficial da Igreja. Até porque entre os membros do clero, existem obviamente alguns que pensam diferente do Pe. Funes. Segundo eles, a crença na possibilidade de vida inteligente em outros planetas é, sim, inconciliável com a doutrina católica, já que nem a Revelação, nem a Tradição da Igreja e nem tampouco as evidências científicas oferecem qualquer base para apoiar essa ideia. Segundo eles, se existissem ETs, certamente Deus teria revelado.

Mas você ainda não deve estar encontrando a resposta para outro questionamento que pode ter surgido na sua cabeça agora: de que a vida extraterrestre confrontaria a fé cristã.

E bom, de acordo com o próprio padre jesuíta, não! Isso porque segundo ele: “Assim como existe uma série de criaturas na Terra, poderia haver outros seres, também inteligentes, criados por Deus. Isso não contrasta com nossa fé porque não podemos colocar limites na liberdade criadora de Deus.”

De acordo com o mesmo artigo do Catequista, apesar das divergências entre os pontos de vista, todos concordam que ninguém comete heresia ao cogitar a existência de ETs. Isso porque se fosse assim, o Vaticano nunca teria financiado e muito menos daria apoio para as pesquisas de astrobiologia, que têm o objetivo de procurar por vida fora da Terra (inteligente ou não).

Vale lembrar também que foi o papa Bento XVI que indicou o Pe. Funes para a direção do Observatório Vaticano.

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